Política

Servidores rejeitam contraproposta da Prefeitura e tentam novo acordo

Comissão de Negociação encaminhará uma nova proposta de reajuste salarial para analise da administração municipal. Sem acordo, categoria poderá entrar em greve geral.


Insatisfação e revolta marcaram a Assembleia Geral Unificada do Funcionalismo Público Municipal nesta terça-feira, 4. A contraproposta da Data-Base encaminhada pela Prefeitura de Araxá não agradou os servidores municipais e causou indignação de grande parte dos servidores presentes no auditório da Associação Comercial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (Acia), que esteve completamente lotado. A falta de uma proposta real de reajuste imediato da remuneração salarial, do cartão vale alimentação e o pagamento do Piso Nacional da Educação foram as principais cláusulas para a reprovação da contraproposta. A categoria decidiu, por maioria dos votos, encaminhar uma nova proposta de negociação.

Das 58 cláusulas de reivindicações proposta pela Comissão de Negociação, 42 foram respondidas pela administração municipal. As principais reivindicações, um percentual de reajuste imediato da remuneração salarial e do cartão vale alimentação, não foram atendidas. De acordo com o documento assinado pelo prefeito Jeová Moreira da Costa, “A Prefeitura Municipal se compromete a iniciar imediatamente processo de revisão geral do piso salarial por função através de atualização do quadro de carreira e estatuto dos servidores públicos municipais”. Porém, o documento não estipula um prazo para que esse estudo seja concluído e o reajuste salarial seja concedido. O mesmo aconteceu com a solicitação de reajuste do Cartão Alimentação, passando seu valor de R$ 160 para R$ 250. “Administração direta e Indireta concederá um reajuste…, quando da conclusão do processo de revisão do quadro geral de funcionários.”

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), Hely Aires, o que mais revolta o servidor é que a administração municipal tem condições de conceder os reajustes solicitados. “Tivemos vários servidores de cargo comissionado recebendo 50% de gratificação no salário, ou seja, um aumento de 50%. O prefeito, a vice-prefeita, os secretários, os vereadores tiveram um aumento salarial em torno de 40%. Qual o motivo para a prefeitura não atender a nossa reivindicação de um aumento de salário de 14% e o reajuste no vale alimentação? Tem um estudo da própria administração municipal que comprova que o município tem condições de atender nossas reivindicações. Realizamos essa Assembleia Geral Unificada para abrir oficialmente a negociação. Agora, estamos respaldados pelo servidor, a categoria decidir negociar, encaminhar uma nova proposta para tentar um acordo”

Segundo Hely, a Assembleia Geral Unificada deixou em aberto à possibilidade de uma paralisação ou greve geral. “Vamos tentar a negociação até o último momento. Já cedemos o máximo possível. O prefeito Jeová também tem que está disposto a conversar e temos que chegar a um acordo. Sabemos que uma greve prejudica a cidade inteira e será o nosso último recurso. Se o prefeito não encaminhar uma proposta aceitável, convocaremos uma nova Assembleia para decidir sobre o estado de greve e imediatamente entraremos na Justiça para requerer nossos direitos. Chega! O servidor cansou dessa falta de respeito com a categoria”, desabafa o presidente do Sinplalto.

Vereadores Presentes

Os vereadores Marcílio da Prefeitura, Eustáquio Pereira, Romário do Picolé, Néia da UniNorte, Fabiano Santos Cunha, Juninho da Farmácia, Farley e Alexandre Irmãos Paula compareceram à Assembleia e manifestaram apoio a categoria nas reivindicações da Data-Base. A presença dos vereadores agradou os servidores, que aplaudiam a chegada deles na Assembleia.

c/Ascom

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