Fárley não fica convencido com as ações apresentadas pela Copasa
O primeiro Fórum Comunitário desta segunda-feira (4) promovido pela Câmara Municipal de Araxá debateu sobre o contrato de prestação de serviço que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) mantém com o Poder Executivo desde 2002, com as presenças de representantes da estatal – Faissal Haddad, chefe do Departamento Oeste; Geraldo Magela Mendes, gerente do Distrito Alto Paranaíba; Gilberto Faria, encarregado do Sistema Araxá; Lázaro Hamilton Oliveira, técnico químico de Produção.
O vereador Fárley Cabeleireiro (PT), autor do requerimento que promoveu a audiência pública, abriu os trabalhos, com o auxílio de sua equipe de assessores, para comentar sobre os diversos pontos que ele contestou quanto às atividades da Copasa em Araxá, a principal delas relativa ao recente aumento de 40% para 90% da tarifa de coleta e tratamento do esgoto, fato que o parlamentar considera abusivo por alguns pontos da cidade não contarem com a infraestrutura e o esgoto é lançado a céu aberto.
Fárley também indagou sobre algumas cláusulas previstas em contrato que não estão sendo cumpridas pela estatal, como a preservação de matas ciliares, lançamento de dejetos no Rio Capivara, bairros novos que estão sem infraestrutura de coleta de esgoto e fornecimento precário de água.
Em relação à tarifa, Faissal relatou que ela é cobrada de forma igualitária em todo o Estado, e por isso não teria como reduzi-la. Disse ainda que desde a assinatura do contrato a Copasa investiu R$ 90 milhões em Araxá, como a principal obra sendo a Estação de Tratamento Central (ETE Central) de esgoto. Demonstrou ainda que o impacto financeiro foi de, no máximo, 26% referente ao valor total na cobrança de água e esgoto, e não 90% como a maioria dos consumidores imagina.
Como o Fórum Comunitário extrapolou o tempo, Fárley se comprometeu a encaminhar ofício à Copasa, por sugestão do presidente da Câmara, Miguel Júnior (PMDB), relacionando todos os questionamentos para serem respondidos e apresentados em outra oportunidade.
Mesmo assim, segundo o petista, os questionamentos respondidos na audiência não o convenceram. De acordo com ele, há possibilidade de requerer nova audiência para tratar de outros pontos que, para ele, não ficaram bem esclarecidos.
“Não ficamos satisfeitos com o que foi explicado em vista que essa reivindicação é de extremo interesse da população para que se reduza a taxa de esgoto, o que para nós (a taxa atual) é um absurdo. Existe a possibilidade de realizar um outro fórum, pois o que foi dito aqui não ficou bem esclarecido para todos os presentes”, conclui o vereador.
Ascom – CMA